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Cão e gato deitado

Tumor em cachorros: cuidados e tratamento

Você sabia que a nutrição pode ser fundamental para cães e gatos com câncer?

As neoplasias influenciam na qualidade e perspectiva de vida de cães e gatos e uma das principais causas de morte não acidentais. Um dos pontos a considerar nesses animais é a perda acentuada de peso.

Doenças agudas e crônicas alteram as concentrações de vários mediadores (por exemplo, citocinas inflamatórias, catecolaminas, cortisol, insulina, glucagon), diminuem a capacidade do organismo em fazer essas adaptações metabólicas necessárias para alterar a utilização de gordura, dessa forma os aminoácidos são utilizados como uma fonte primária de energia, e em consequência, a massa muscular é rapidamente catabolizada.

A presença do tumor causa um verdadeiro “parasitismo metabólico”. O combustível energético essencial das células tumorais é representado pela glicose e seguem modos particulares de uso da glicólise anaeróbica, a glicose é assim metabolizada em lactato pelo tumor.  O lactato precisa ser convertido em glicose novamente para não gerar acidose. Em resumo – Essa operação é cara para o animal.

As células neoplásicas possuem aparato enzimático necessário para a glicólise aeróbica, uma enzima chave na via anaeróbica, a piruvatoquinase, aparece em uma forma embrionária que não é sensível aos feedbacks usuais.

Orquestradas por vários hormônios e citocinas, as citocinas são mediadores ou moléculas de mensagem produzidas por muitas células do paciente (células de defesa e células endoteliais). As citocinas são classificadas em 4 categorias: interleucinas (IL), fatores de necrose tumoral (TNF), interferons (IFN) e fatores de crescimento, CSFs (fatores estimuladores de colônias).

A administração de doses sub-letais das várias citocinas em ratos, replica as alterações no metabolismo observadas em pacientes com câncer, como a caquexia e diminuição do apetite. Expliquei tudo isso, para vocês entenderem os motivos de que cães e gatos com câncer apresentam perda de peso e de massa muscular.

Na nutrição dos pacientes oncológicos outro fator importante a ser considerado é a Síndrome PLE (Protein-losing enteropahy ou enteropatia por perda de proteínas). Perda excessiva de proteínas do soro que leva a hipoproteinemia (WITHROW, 2013). Além disso, pacientes oncológicos, dependendo de qual neoplasia os acomete, podem ter outros distúrbios nutricionais, como hipoglicemia, em casos de insulinoma, por exemplo. A anorexia é um sinal clínico mais comum nas duas espécies, ocasionada normalmente pela liberação de citocinas, que causa diminuição de apetite, por isso, um dos fatores mais importantes para a dieta do paciente oncológico é a palatabilidade. Em pacientes com tratamento em andamento a anorexia pode ser explicada como uma consequência da quimioterapia, diminuição das papilas gustativas funcionais e alterações no olfato e dor ao se alimentar.

 

Depois de tudo isso, devemos saber o perfil da dieta para esse animal. Será que devo mudar a dieta?

Não é indicada a mudança de alimento para todos os gatos ou cães com câncer, cada animal deve ser avaliado cuidadosa e individualmente. Aqueles que já mantêm boas condições corporais em alimentos super premium, bem tolerados e aceitos, podem permanecer até que haja razão objetiva para mudar.

Vários fatores são usados​ ​para decidir qual o melhor alimento para um animal em particular. O principal objetivo da dieta para pacientes com câncer é restaurar ou manter condição corporal satisfatória, prevenir e corrigir possíveis déficits nutricionais, melhorar a tolerância aos tratamentos contra o câncer e melhorar a qualidade de vida.

O maior desafio da dieta para cães e gatos com câncer é : “alimentar o paciente sem alimentar o tumor“. O objetivo é, portanto, favorecer nutrientes que não são utilizados pelas células tumorais, como lipídios, e, inversamente, reduzir a ingestão de carboidratos, que é o principal combustível do tumor.

Na oncologia a nutrição é chamada de terapia adjuvante, e a composição da dieta é:

Carboidratos:
– Alta utilização pelas células tumorais;
– Ganho de energia pelo tumor e dupla perda pelo paciente;
– Baixos teores recomendados (< 25% da MS).

Proteínas:
– Alto catabolismo no paciente;
– Utilização de altos teores (30– 45% para cães e 40-50% para gatos).

Gordura:
– Alto teor energético = menores quantidades de alimentos;
– Menor utilização pelas células neoplásicas. Os tumores possuem habilidade limitada para metabolizar as gorduras.

Fibras:
– Fermentação: AGCC (Acetato, butirato, propionato);
– Manutenção do TGI;
– Altos teores = redução do aproveitamento de nutrientes.

Uso de nutracêuticos: (Produtos que contêm um ou mais ingredientes biologicamente ativos que foram isolados ou purificados de alimentos e utilizados para suplementar a dieta).

Ômega-3:
– Inibição de carcinogênese e disseminação metastática (animais modelos);
– Modificação da produção e ação de citocinas envolvidas na caquexia e anorexia paraneoplásica;
– Redução da síntese de citocinas (TNF-alfa, IL-1 e IL-6);
– Efeitos anti-inflamatórios e imunomoduladores;
– Inibição do fator indutor de proteólise e fator indutor de lipólise.

Suplementos:
– Glutamina: “Condicionalmente essencial”;
– Depleção em pacientes críticos;
– Manutenção do TGI e sistema imune.

Arginina:
– Essencial em cães e gatos;
– Síntese de colágeno: melhor cicatrização;
– Citotoxicidade.

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